Agora é que vai ser FATURAR! Chegaram os radares de velocidade privados!

Agora é que está tudo tramado!

  

Radares de velocidade entregues a privados é a nova moda para maximizar a a caça à multa, com o objectivo de aumentar o encaixe anual dos actuais 900 milhões para mais de 2,2 mil milhões. Foram anunciados em Fevereiro e já estão em funções. São os primeiros radares privados, que vão incrementar o controlo e as multas por excesso de velocidade. Estes arrancaram em França, mas se a moda pega…

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Os franceses já tinham de circular com um olho no velocímetro e outro nos veículos da Brigada de Trânsito, devidamente pintados com as cores da autoridade ou descaracterizados, umas vezes em acções de controlo de velocidade, outras em verdadeiras sessões de caça à multa. Agora, até o vizinho ou o parente, ou no limite o inimigo fidalgal, podem estar à cata do mais pequeno deslize.

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A necessidade de encher os cofres do Estado é geral, e está longe de ser uma necessidade tipicamente portuguesa. Em França, o controlo de velocidade através de radares, até aqui exclusivo dos agentes da autoridade, passou a estar igualmente nas mãos de privados, que tanto podem ser os nossos maiores amigos, o que poderá ser uma vantagem, mas que também podem ser os nossos inimigos, ou adversários, o que será uma situação que provavelmente irá parar à barra do tribunal.

A privatização dos radares, que potencialmente vai poder colocar um controlo de velocidade em cada esquina, é uma medida que está a colocar os condutores gauleses à beira de um ataque de nervos. Segundo o ministro do Interior francês, Bruno Le Roux, a fase de testes iniciou-se em Fevereiro, nas estradas da Normandia, mas arrancou oficialmente em Setembro, multiplicando o número de veículos equipados com o sistema de medição, dos actuais 400, para algo verdadeiramente infinito. Para já, confirma Roux, das 400 viaturas até aqui existentes em todo o país passa-se para 1.400, mas a trabalhar 8 horas por dia em vez de apenas 1h20. Tudo, mais uma vez segundo o ministro, para criar emprego. Mas também para evoluir dos 900 milhões de encaixe anual em multas, que actualmente reforçam os cofres do Estado, para mais de 2,2 mil milhões.

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Para evitar excessos, como o marido a perseguir a ex-mulher ou vice-versa, os veículos estarão equipados com sistemas que funcionam de forma completamente automática e capazes de detectar a velocidade máxima prevista para a via em causa, identificando ainda sinais de trânsito verticais e horizontais. Também só poderão operar em zonas pré-estabelecidas e terão de estar em movimento, pelo que nada de se esconderem à procura dos mais distraídos.

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A decisão de entregar o controlo de velocidade a empresas privadas tem sido alvo de grande contestação por parte do público, mas o esperado incremento da facturação tem levado o Governo a não se desviar um milímetro do rumo traçado. E, face ao previsto sucesso financeiro da medida, é altamente provável que outros países venham a aderir à privatização dos radares de velocidade.

Fonte: Observador

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